Economia

Pesquisa do Procon Natal aponta queda de preços nos combustíveis

Foto: Alex Régis/Secom

O Procon Natal aponta uma queda nos preços dos combustíveis na capital potiguar. A pesquisa mensal indica números de redução no preço, com dados tabulados, até o momento, no mês de abril. Segundo o relatório, o preço médio da gasolina nas bombas é de R $5,479.

Os pesquisadores encontraram o menor preço da gasolina de R $5,330 na zona sul da cidade, na avenida da integração, ou seja, (2,79%) menor que a média de preços. Já na zona norte de Natal, a variação é para cima, com 6,88% de diferença a mais no preço da média com o combustível comercializado a R $5,697 em um posto na avenida João Medeiros Filho.

De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível – ANP, a gasolina nas refinarias, teve reajustes positivos nos três primeiros meses do ano, com alta nos preços, que superam os 54%. A gasolina aumentou duas vezes em janeiro, repetiu em fevereiro e também em março.

Diesel

Já o aumento para o diesel nas refinarias acompanhou a toada, uma vez que este combustível subiu 41,6% em 2021. Nesse caso, foram dois aumentos em março, dois em fevereiro e um em janeiro. Os diversos reajustes que a Petrobras vem anunciando ao longo do ano resultam da política de preços adotada pela estatal, com paridade ao dólar.

No entanto, entre os dias 4 e 10 de abril, o diesel, por exemplo, teve uma queda de 0,3% em relação à semana anterior, para R $4,212, e de 1,5% se comparado ao mês anterior. Já a gasolina cedeu 0,05% entre a semana passada e a anterior, para R $5,448, e 2,5% na comparação mensal. Ou seja, a atual realidade, encontrada pelo Núcleo de Pesquisas do Procon Natal, demonstra que, depois de uma série de consecutivos aumentos no início do ano, nos meses de janeiro, fevereiro e março há uma queda nos preços das bombas para os natalenses.

O trabalho também constatou variações consideráveis entre os preços praticados nos diversos postos de combustíveis locais. A diferença entre o maior R$5,697 e o menor preço R$5,330 é de R$0,367 centavos de Real por litro de gasolina e isso equivale a uma variação de (6,89%). A gasolina comum mais barata encontra-se na região sul no bairro de Candelária, mas o menor preço médio dentre as quatro regiões pesquisadas é na oeste com, R$5,431. Já o maior preço da gasolina comum foi constatado na região norte, no bairro da Redinha, no entanto o maior preço médio de gasolina comum encontrado pela pesquisa foi na região sul com R $5,496.

Diante desses resultados, o órgão municipal de proteção ao consumidor orienta que a pesquisa de preços é a melhor solução para economizar, uma vez que foi constatada variação de preços grande entre os postos da cidade.

Ranking

Para auxiliar, o Procon Natal elaborou uma lista com variações entre o maior e menor preço, como também com os menores e maiores preços por região e disponibilizou os dados em sua página no endereço eletrônico www.natal.rn.gov.br/procon. Na página existe um ranking com endereço e região dos 10 postos com os preços mais baratos na cidade e planilha com as variações de maior e menor preço encontradas pela pesquisa.

Gás veicular

No mês de abril o preço médio encontrado foi de R$3,535, com variação (3,12%) entre o maior preço encontrado pela pesquisa de R$3,559 e o menor preço de R$3,490, isso equivale a R $1,09 por m3 do produto.

O menor preço constatado pela pesquisa foi de R $3.490 na zona sul e oeste e de R $3.499 na leste, bairros de Candelária e Lagoa Seca, Bairro Nordeste e de Felipe Camarão, além de Tirol e Lagoa Seca respectivamente. E o maior preço encontrado foi de R $3.599 na zona sul no bairro de Capim Macio.

Etanol

Hoje o preço do etanol em média é de R$ 4,625 que corresponde a (84,41%) do preço médio da gasolina de R$ 5,479 então, para ser viável ao consumidor que possui veículo flex, esse percentual teria que ser de 70% do preço médio do Etanol em relação ao da gasolina, ou seja, teria que está em média R$ 3,835. O que não é muito viável ao consumidor.

O Etanol, apresentou variação de (12,04%) no comparativo entre o maior e o menor preço no mês de abril com maior preço de R $4,840 e o menor preço de R $4,320, uma diferença de (R$0,520) centavos de reais por litro.

A região com a maior média encontrada pela pesquisa foi a região sul com (R $4,639), o maior preço encontrado foi no bairro de Capim Macio, já o menor preço encontrado foi na região oeste no bairro de Cidade Nova.

Diesel comum

O Diesel comum iniciou o ano com aumentos sucessivos, mas na pesquisa no mês de abril teve a maior como variação entre o maior e menor preço encontrado pela pesquisa de 18,91%, onde o maior preço R$ 4,697, encontrado na região norte e menor preço encontrado na região oeste no bairro de Cidade Nova com o valor de R$ 3,950, e isso equivale a R$ 0,750 centavos de Reais no litro.

O maior preço médio do diesel aparece na região sul com R $4,570 e a região com menor média encontrada foi a oeste com o valor de R $4,318.

 

Opinião dos leitores

  1. O procon e o ministério público precisa vim aqui em Parnamirim, o gnv nos três postos de combustíveis esta 3,83, enquanto o da entrada do satélite e de Emaús estão a 3,50. Em Natal tem posto a 3,39.

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Diversos

GRAVE: CGU aponta fraude processual em dispensa de licitação para compra de ventiladores pulmonares pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal

Um relatório de auditoria feito pela Controladoria Geral da União nos contratos de compra de ventiladores pulmonares apontou fraude processual na dispensa de licitação por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Natal.

De acordo com o documento, na dispensa de licitação no valor de R$ 1.397.500,00 constam três propostas de preços além da proposta da empresa vencedora, e todas elas com datas anteriores à abertura do processo.

A partir das propostas de preços existentes no processo, as três empresas foram questionadas pela equipe de auditoria acerca da apresentação de propostas de preços de ventiladores à SMS. A empresa LemOnde negou que o documento foi enviado por ela; a empresa Top Lum apresentou proposta de preço para ventilador pulmonar móvel, ou seja, para uso pelo SAMU que não somente não serve para uso hospitalar como não compete em preço com o ventilador para unidade hospitalar por ter características diferentes; e a empresa White Martins informou que fez uma cotação à SMS solicitada verbalmente, porém, sem qualquer especificação do ventilador e não obteve mais conhecimento do resultado da dispensa.

Para a CGU, confirma-se que não houve cotação de preços junto às empresas. “Os fatos demonstram a frustração ao caráter competitivo, fraude documental e montagem de processo na Dispensa de Licitação nº 40/2020”, diz o relatório.

Ainda de acordo com o relatório, com relação ao trâmite do processo, o projeto básico foi elaborado utilizando a especificação do produto do fornecedor previamente escolhido, após o recebimento das propostas de preços, ou seja, fez constar na especificação a marca e o modelo do ventilador pulmonar do fornecedor, que no caso foi a empresa Philips (CNPJ 58.295.213/0021-11).

Opinião dos leitores

  1. Tem gente que rasga seu próprio dinheiro, imaginem com o dinheiro dos outros, dinheiro público. Não tem como segurar a thurma. Sempre vai ser assim, enquanto gestor existir

  2. Só quero saber se irão colocar o caboclo que comprou na cadeia, pois se for só para fazer média e não acontecer nada, deixe o vagabundo solto para gastar a grana da propina, pois esse valor na frente dos cinco milhões que roubaram dos respiradores é café pequeno.

  3. Contratações que usam dispensa ou inelegibilidade de licitação são sempre passíveis de suspeita de fraude pois o direcionamento ou quebra da isonomia no processo licitatório se tornam mais fáceis de acontecer… Eis que a CGU descobriu o esquema pois havia verba federal envolvida nessa compra. Imagine o que não passa de fraude quando não tem a fiscalização da CGU ou TCU…

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Educação

Ranking espanhol aponta UFRN entre as melhores do Brasil e da América Latina

Foto: Cícero Oliveira

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi apontada entre as 12 melhores instituições de ensino superior do Brasil e como a 21a da América Latina pelo Webometrics Ranking of World Universities. O estudo espanhol avaliou cerca de 31 mil instituições de ensino superior de mais de 200 países.

O ranking é uma iniciativa do Cybermetrics Lab, grupo do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), que é considerado o maior órgão público de pesquisa da Espanha. Criado em 2004 e com presença em mais de 200 países, o estudo utiliza indicadores webométricos e bibliométricos.

Com o objetivo de incentivar o acesso aberto ao conhecimento gerado pelas universidades, o ranking considera como indicadores a visibilidade (impacto do conteúdo na internet), a excelência (principais artigos citados) e a transparência ou abertura (principais pesquisadores citados). Confira o site do Webometrics Ranking of World Universities.

Com UFRN

Opinião dos leitores

  1. Quem entrou foi Nove dedos e saiu sem saber o resultado de 2 + 2, ou ler um gibi, a Anta talvez tenha entrado e saiu sem saber articular uma frase, é só entrar no Dr. Google, pesquisar sobre a formação e capacidade intelectual dos dois.

  2. O que se sabe é que na América Latina,Educação Brsileira so é melhor que Cuba e Venezuela,duas potências …….rsssssssssssssssssss

  3. De acordo com os testes de avaliação utilizados mundialmente, a educação brasileira está péssima já há bastante tempo. Portanto, conforme tal avaliação, fico imaginando como estão as demais instituições avaliadas.

  4. Os próceres que fazem a nossa brava UFR tem só que cuidar para acabar com os estilos de seleção para Mestrado e Doutorado. Aparentemente, tudo muito democrático, dando-se oportunidades a todos, seleção em três etapas, etc e tal… mas na prática todo mundo que almeja entrar para um destes cursos sabe como as coisas funcionam nos meandros das alamedas arborizadas daquele campus. Ademais, isso parece ser prática nas demais universidades públicas pelo país e a nossa UFRN apenas repete a mesma prática. Uma pena. Haverá solução? ou tudo vai permanecer assim? Recursos de nada adianta e não há como atestar as práticas, pois é tudo muito velado. Eu já desisti há tempos de tentar uma vaguinha para Mestrado. Por mais que tenha domínio de escrita e de bibliografia, sei que não passo nem perto de uma das poucas vagas oferecidas…

    1. Também conheço vários que foram vítimas da "seleção" deles. Somente os amigos do rei tem vez nos domínios da UFRN.

    2. Não tenho conhecimento de todos os departamentos, mas conversar com o possível orientador antes e se adequar bem a uma linha de pesquisa garante muita coisa.
      E sim, qualquer um que fez IC ou colaborou com algum Dr. do departamento tem vaga garantida.

  5. NInguém diz nada!!! Universidade pública de qualidade!!! Eis a questão!!! Parabéns!!!FIZ parte dessa história!!!

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Política

TCU aponta ilegalidade em uso de dinheiro do SUS para distribuir cloroquina e cobra explicação de Pazuello

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou ilegalidade no uso de recursos do SUS para o fornecimento de cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes com Covid-19, prática adotada pelo governo de Jair Bolsonaro. A política foi implementada pelo ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello.

Diante da conclusão da área técnica do TCU, o ministro Benjamin Zymler, relator do processo, determinou que o Ministério da Saúde explique em cinco dias úteis a posição da pasta em relação ao uso de cloroquina por pacientes com Covid-19. O despacho foi expedido na última sexta-feira (22).

A explicação deve ocorrer porque Pazuello adotou, nos últimos dias, uma posição “contraditória” em relação ao que o próprio ministério vem empreendendo em relação à cloroquina, conforme o despacho do ministro do TCU. A pasta também deve explicar quem foi o responsável por colocar no ar um aplicativo, o TratCOV, que orientava o uso indiscriminado do medicamento.

Não há comprovação científica sobre a eficácia da cloroquina para o tratamento precoce de pacientes com Covid-19. Mesmo assim, Bolsonaro e Pazuello apostaram no medicamento como saída para a pandemia.

Somente num caso mais recente, de crise na rede de saúde em Manaus e esgotamento de oxigênio nos hospitais, o Ministério da Saúde distribuiu 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina na cidade. O que as unidades de saúde precisavam, como anotado em diversas alertas feitos ao ministro, era de oxigênio. Pacientes morreram asfixiados.

Pazuello é formalmente investigado num inquérito pedido pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e aberto por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele é suspeito de prática de crimes, em razão do que ocorreu em Manaus, e precisará prestar depoimento à PF (Polícia Federal).

No TCU, a área técnica compreendeu que a distribuição de cloroquina pelo SUS é ilegal. O entendimento dos auditores foi transcrito no despacho do ministro Zymler.

“Como não houve manifestação da Anvisa acerca da possibilidade de se utilizar os medicamentos à base de cloroquina para tratamento da Covid-19 e tampouco dos órgãos internacionais antes mencionados (as ‘Anvisas’ de outros países), verifica-se não haver amparo legal para a utilização de recursos do SUS para o fornecimento desses medicamentos com essa finalidade”, cita o documento.

Os auditores afirmam que o uso da cloroquina só poderia ocorrer “off label”, ou seja, fora do que prevê a bula do medicamento. E, para que um medicamento “off label” seja fornecido pelo SUS, é preciso haver autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo análise de auditores do TCU.

Na pandemia, a Anvisa permitiu importações excepcionais de medicamentos, desde que aprovados por “Anvisas” de outros países. “Essas autoridades sanitárias também não aprovaram o uso de medicamentos à base de cloroquina para tratamento da Covid-19”, afirma a área técnica do TCU.

O TCU diz ainda que a própria orientação do Ministério da Saúde para tratamento precoce cita a falta de evidências científicas sobre o êxito de medicamentos do tipo. “A nota informativa (do ministério) não possui os requisitos para se constituir em um protocolo clínico ou diretriz terapêutica”, afirma.

A área técnica do TCU recomendou que a nota do Ministério da Saúde, elaborada na gestão de Pazuello, seja submetida à Anvisa, “a fim de que ela se manifeste sobre a autorização ou não do uso off label da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19”.

Ao decidir pedir uma “posição oficial” do Ministério da Saúde sobre o assunto, o ministro Zymler apontou as contradições recentes de Pazuello, que disse não indicar medicação para o combate à Covid-19, e sim que as pessoas procurem por “atendimento precoce” nos serviços de saúde.

“As manifestações do titular da pasta são contraditadas pelos documentos emitidos pelo ministério, os quais indicam os medicamentos a serem utilizados, com as respectivas posologias, para o tratamento da Covid-19”, afirmou o integrante do TCU.

Outro “ponto de realce”, conforme o ministro, foi o lançamento do TratCOV pelo Ministério da Saúde, um aplicativo que estimulava a prescrição indiscriminada de cloroquina. “Possivelmente, em razão das críticas sofridas, o aplicativo não se encontra mais acessível na internet”, disse Zymler, no pedido de explicações.

À Folha, a Anvisa confirmou que não deu autorização para uso “off label” da cloroquina. O órgão disse, por meio da assessoria de imprensa, que se manifestou no sentido de que essa era uma atribuição do médico, em discussão com o paciente. E que não houve pedido para inclusão dessa indicação por nenhum laboratório.

Na reunião que selou as primeiras autorizações para uso emergencial das vacinas contra o novo coronavírus, diretores da Anvisa deixaram claro não existirem opções de tratamento precoce para a Covid-19.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Pode escrever , TONHO vai colocar o Cabo Pazuello ( com todo respeito aos cabos ) , como boi de Piranha . O doidin vai querer tirar o dele da reta e deixar a toromba para o “ para o
    estrategista”

  2. Olha aí, Pazzuello. Aquela estória de obedecer cegamente só funciona quando quem manda tem o juízo no lugar.

  3. Isso é muito importante para entendermos o quanto o Estado está Aparelhado.
    Existem milhares de denúncias de irregularidade cometidas pelos governadores e prefeitos com os recursos federais encaminhados pelo governo federal para combate a pandemia.
    Quantos governadores e prefeitos já foram indiciados? NENHUM!
    Dória comprou R$ 40 milhões em vacinas SEM QUALQUER COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA, NEM APROVAÇÃO DA ANVISA. Por acaso Dória responde a algum questionamento?
    É um país tomado por imorais e que usam seus cargos e funções em defesa dos partidos afiliados e desgaste dos opositores.

  4. Só mesmo o gado, defensor cego do Bozo, para cair no conto do "tratamento precoce" com Cloroquina que ele criou. Se houvesse o mínimo de chance desse medicamento ter alguma eficácia contra o COVID-19, seria aplicado em larga escala no Mundo. Nem o amiguinho do Bozo, Trump, caiu nesse conto do vigário! Muito pelo contrário! Assim que os americanos descobriram que cloroquina não tinha eficácia, ele aproveitou a oportunidade de abarrotar nosso país com os estoques que os EUA tinham. Afinal, o parceiro ideológico lunático continuava a acreditar no remédio milagroso! Infelizmente milhões de reais já foram gastos com esse placebo.

  5. E segurem o Dória … Em abril ele vai disponibilizar 40 milhões da vaChina! Aquela que o presidente debochou! E olha que é um governador com o presidente joga do contrato.

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Saúde

DOSE ÚNICA PODEROSA: Vacina da Johnson & Johnson contra a covid é segura e produz resposta imune, aponta estudo

Foto: Mark Ralston/AFP

A vacina contra covid-19 desenvolvida pela Johnson & Johnson obteve indicadores satisfatórios de segurança e produção de resposta imunológica, de acordo com resultados das fases 1 e 2 publicados no periódico científico The New England Journal of Medicine. Os resultados positivos foram obtidos após aplicação única do imunizante em voluntários, com duas dosagens diferentes. Essa característica é tida como o diferencial da vacina, já que representaria uma imunização acelerada da população.

“Uma dose única da (vacina) Ad26.COV2.S induziu uma forte resposta humoral na maioria dos receptores da vacina, com a presença de anticorpos neutralizantes em mais de 90% dos participantes, independentemente da faixa etária ou da dose da vacina”, escreveram os pesquisadores da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, na conclusão do estudo. Os anticorpos aumentaram e se estabilizaram ao longo de uma análise de 71 dias, o que sugere a durabilidade da resposta imune da vacina, acrescentam os especialistas no estudo divulgado na semana passada.

O Brasil é um dos países no qual a empresa desenvolve testes da vacina. A liberação para a condução de estudos de fase 3 ocorreu em agosto e previa 7 mil voluntários. Pessoas de outros países da América Latina também foram recrutadas, ainda que aquém do inicialmente planejado, já que a farmacêutica decidiu reduzir a quantidade global de voluntários. Os dados da fase 3 é que indicarão se o imunizante ofereceu proteção contra o desenvolvimento da covid-19, apontando a sua taxa de eficácia.

No mais recente estudo, os pesquisadores analisaram os resultados da aplicação da vacina em 805 participantes, entre adultos e idosos. Eventos adversos como fadiga, dor de cabeça e dor no local da aplicação foram notados, mas as pessoas tiveram rápida recuperação. Outros casos foram notados, mas os especialistas destacaram que não houve relação com o imunizante.

Outro resultado relevante foi a resposta imunológica gerada pela vacina. A pesquisa mostra que 90% dos participantes desenvolveram anticorpos neutralizantes 30 dias após a aplicação. O número subiu para 100% quando os dados foram analisados 57 dias após o recebimento da dose, o que indica que uma menor parte do grupo demorou mais tempo para desenvolver a proteção. Os resultados foram obtidos tanto nos grupos mais novos como nos mais velhos, e também foi notado tanto nos que receberam dosagem menor quanto nos que receberam dosagem maior.

A vacina da Johnson & Johnson está nos planos do Brasil. Plano divulgado pelo Ministério da Saúde em dezembro mostra a inclusão de 38 milhões de doses do imunizante. De acordo com o governo federal, 3 milhões de doses dessa vacina seriam disponibilizadas no segundo trimestre de 2021, 8 milhões, no terceiro trimestre, e 27 milhões, no quarto trimestre do ano que vem.

Correio Braziliense

Opinião dos leitores

  1. Só falta comprar. Ficam falando, falando mas não vejo ação. Mas não pode enviar gente do governo federal pra negociar senão nao dá jogo. Ninguém quer fazer negócio com genocida, O filme tá sujo.

  2. Essa vacina, a princípio, parece ser bem melhor do que essa chinesa que está sendo distribuída.

  3. Isso sim eh vacina. Parabéns . A vachina com 50% e 2 doses vai demorar uns 2 anos para imunizar toda a população do Brasil.

    1. Né isso! E a gente tendo que tomar a vachina que o MINTOmaníaco agora diz que eh do Brasil, pq o presidente inepto não conseguiu comprar uma outra mais eficiente né! Ele poderia deixar de falar tanta bosta e trabalhar um pouco !

    2. A sua vende na casa do fazendeiro, não precisa esperar essa da Johnson & Johnson.
      Corre ?‍♀️ lá!

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Saúde

Vacina da Pfizer e da BioNTech mostra eficácia contra mutações do coronavírus, aponta estudo preliminar

Foto: Lucy Nicholson/Reuters

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas americana Pfizer e alemã BioNTech mostrou eficácia na prevenção às mutações do coronavírus altamente transmissíveis descobertas no Reino Unido e na África do Sul, segundo um estudo clínico conduzido pela Pfizer e pela University of Texas Medical Branch.

A pesquisa ainda não foi revisada por pares.

As mutações são apontadas como responsáveis pelo aumento da transmissão do coronavírus e acendem o alerta sobre o risco de tornar vacinas inúteis.

O estudo foi realizado com sangue colhido de pessoas que receberam a vacina. As conclusões são limitadas porque não analisam o conjunto completo de mutações encontradas em qualquer uma das novas variantes do vírus que se espalham rapidamente.

O cientista da Pfizer Phil Dormitzer afirmou que o imunizante da empresa se mostrou eficaz contra a mutação N501Y e as outras 15 variantes testadas anteriormente.

“Testamos 16 mutações diferentes, e nenhuma delas teve um impacto significativo (sobre a eficácia da vacina). É uma boa notícia”, disse. “Isso não significa que a 17ª não terá.”

Dormitzer afirmou que outra variante encontrada na África do Sul – a E484K – também preocupa.

Os pesquisadores planejam realizar nas próximas semanas novos testes para ter conclusões mais detalhadas sobre a eficácia da vacina contra as mutações encontradas no Reino Unido e na África do Sul.

A comunidade científica ainda está reticente sobre a eficácia das vacinas em desenvolvimento contra as novas variantes do coronavírus, especialmente a sul-africana.

O professor de microbiologia celular da University of Reading Simon Clarke afirmou nesta semana que, embora as duas variantes tenham algumas características em comum, a encontrada na África do Sul “tem um número adicional de mutações”, que incluem alterações mais extensas na proteína spike.

As vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna usam tecnologia de RNA mensageiro e podem ser rapidamente ajustadas para lidar com as novas mutações do coronavírus. Os cientistas garantem que o processo pode ser realizado em seis semanas.

Bem Estar – G1

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Saúde

Com festas de fim de ano, pesquisa aponta perfil mais jovem de infectados com covid-19, e pesquisadores da UFRN alertam para perigo

Com a chegada das festas do fim de um ano marcado pela pandemia de covid-19, reunir familiares para as tradicionais ceias natalinas e de réveillon, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pode ser uma atividade perigosa. A avaliação se dá, sobretudo, pelo novo perfil de infectados identificado, que hoje é quatro anos mais jovem do que o apresentado em julho de 2020.

Segundo os dados da PNAD Contínua do terceiro trimestre de 2020, em cerca de 147 mil domicílios potiguares (12,2% do total), há idosos residindo com jovens de 18 a 35 anos. Isso aumenta o risco de contaminação, especialmente pelo fato de que, segundo relatórios da Secretaria Estadual de Saúde do RN (Sesap/RN), a população jovem corresponde a quase a metade de casos de covid-19 atualmente (46,5%).

“Festas familiares são um evento catalisador de novas infecções, especialmente quando se reúnem familiares que não tem um convívio diário ou habitual”, enfatizam os pesquisadores em relatório.

Segundo o pesquisador e professor César Rennó Costa, do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), o mesmo padrão de evolução da doença no Brasil foi observado em outros lugares do mundo, ocasionado, especialmente, por festas e eventos públicos.

“Na Flórida, nos Estados Unidos, houve um crescimento acentuado de casos depois das festas de Spring Break – algo como um Carnaval em abril –, mas sem que houvesse um paralelo imediato na curva de óbitos. Porém, no mês seguinte, houve uma mudança no perfil dos infectados, tendendo para os mais velhos e logo se observou um aumento nas taxas de hospitalização e de óbitos”, comenta o professor.

Percepção popular

Segundo a pesquisadora Luciana Lima, do Programa de Pós-Graduação de Demografia da UFRN, “o cenário atual é preocupante. Há um contingente alto de pessoas jovens infectadas e uma percepção popular de que a epidemia não está tão avançada, o que pode reduzir os cuidados na realização dos eventos de fim de ano”.

Para os estudiosos, a reabertura econômica possivelmente possibilitou mais exposição de adultos à contaminação, assim como uma maior circulação de jovens em locais com aglomerações, como casas noturnas, bares e eventos. Em conjunto, todos esses fatores podem, segundo a pesquisa, ter contribuído para esse rejuvenescimento da curva de contaminados.

Ainda segundo os pesquisadores, a percepção da população sobre a pandemia não parece refletir a gravidade da situação: os índices de isolamento social de hoje (39%) são menores que no período anterior ao primeiro pico (44%).

Em casos em que as famílias optarem pelas festividades de fim de ano, os acadêmicos aconselham a todos seguirem as recomendações da Fundação Oswaldo Cruz para a redução dos riscos de contaminação.

UFRN

Opinião dos leitores

  1. Chega de FAZ de CONTA. Chega de Mentiras. Fechem TUDO que NÃO é ESSENCIAL. Sejam DETERMINADOS. Tenham CORAGEM, VONTADE politica e INTERESSE em combater a disseminação do covid-19. CHEGA de trocarem VIDAS por impostos.

    1. Isso, vamos deixar de pagar o funcionalismo público. Sem impostos não há como pagar.

    2. E os 5 milhões dos respiradores quando serão devolvidos aos cofres públicos?

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Judiciário

Ministério Público aponta Marcelo Crivella como ‘vértice’ e líder de organização criminosa

Foto: Pedro Teixeira / Agência O Globo

Na denúncia apresentada contra Marcelo Crivella, preso nesta terça-feira, o Ministério Público aponta que o prefeito é o “vértice” da organização criminosa que ficou conhecida como “QG da propina”. Segundo os promotores, Crivella “orquestrava sob sua liderança pessoal” o esquema que tinha como objetivo “aliciar empresários para participação nos mais variados esquemas de corrupção, sempre com olhos voltados para a arrecadação de vantagens indevidas mediante promessas de contrapartidas”.

Os investigadores narram ao longo da denúncia que Crivella “desempenha a função de verdadeiro organizador e idealizador de todo o plano criminoso, promovendo a cooperação no crime e dirigindo as atividades dos demais agentes”. Sua participação no suposto esquema era essencial, segundo o Ministério Público, pelo seu posto de prefeito. Isso porque seu gabinete seria capaz de executar e comandar os atos necessários para a organização criminosa conseguir atuar dentro da prefeitura do Rio. Os promotores dizem ainda que o plano criminoso é “meticulosamente elaborado”.

“O vértice da organização criminosa é ocupado por Marcelo Crivella, que na qualidade de Prefeito do Rio de Janeiro, concentra em suas mãos as atribuições legais indispensáveis para a consecução do plano criminoso, meticulosamente elaborado pela organização criminosa. Em outras palavras, seu status funcional de alcaide lhe confere, e a mais ninguém, a capacidade de executar e determinar a execução dos atos de ofício necessários à materialização das escusas negociatas”, diz trecho da denúncia obtida pelo GLOBO.

Os alvos da operação que prendeu Crivella

Preso na manhã desta terça-feira, Crivella (Republicanos) é um dos alvo da operação que resultou do inquérito que ficou conhecido como “QG da propina”. Também estão na mira do Ministério Público o empresário Rafael Alves, homem de confiança de Crivella; o ex-tesoureiro de Crivella Mauro Macedo; o ex-delegado Fernando Moraes; o ex-senador Eduardo Lopes e os empresários Cristiano Stocler e Adenor Gonçalves.

Rafael Alves

Rafael Alves é apontado como o chefe do esquema de lavagem de dinheiro. Filiado ao Republicanos (antigo PRB), mesmo partido do prefeito, ele foi pré-candidato à prefeitura de Angra em 2016 e doador da campanha de Crivella a governador em 2014. Figura que circula entre o universo do carnaval — já foi dirigente da Viradouro, Império Serrano e Salgueiro — e de casas noturnas.

O empresário estreitou os laços com o município em 2016. Naquele ano, Alves colaborou na arrecadação de recursos durante a campanha de Crivella à prefeitura e para a diminuição da resistência do mundo do samba ao prefeito. Apos a posse, a influência de Rafael na Riotur — da qual seu irmão Marcelo Alves foi presidente — era presente mesmo sem um cargo no órgão, diretamente ligado ao carnaval na Avenida Marquês de Sapucaí e aos blocos de rua.

Mauro Macedo

Mauro Macedo é ex-tesoureiro de antigas campanhas de Marcelo Crivella. Ele esteve no centro de uma denúncia de que recebeu doações não declaradas de R$ 450 mil da Fetranspor, entre os anos de 2010 e 2012. Macedo tem fama de bom administrador herdada pelo sucesso como gestor de negócios de empresas ligadas à Igreja Universal, do primo Edir Macedo. E, na última campanha, ganhou um apelido inusitado quando Crivella disputava a prefeitura em 2016: “Mestre dos Magos”.

Registros do sistema interno do Senado mostram que, entre 2003 e 2011, Macedo ocupou vários cargos em Brasília, quando Crivella exerceu seu primeiro mandato no Senado. Neste período, com alguns intervalos, ocupou cargos de confiança no gabinete do atual prefeito e também na liderança do extinto Partido Liberal (PL), pelo qual Crivella se elegeu ao senado pela primeira vez. A última passagem de Macedo pelo gabinete de Crivella ocorreu entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2011, quando exercia um cargo comissionado, cujo valor atual equivale a R$ 16,4 mil.

Eduardo Lopes

O ex-senador Eduardo Lopes também é filiado ao Republicanos e foi suplente de Marcelo Crivella. Assumiu o cargo pela primeira vez em 2012, retornou por três meses em 2016 e depois se manteve no Senado entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018.

Lopes tentou a reeleição no pleito de 2018, quando teve 3% dos votos nas urnas. Durante a campanha, chegou a ser notificado por possível prática de propaganda irregular com abuso de poder religioso. Lopes e os candidatos a deputado federal Marcelo Crivella Filho — filho do prefeito — e a deputado estadual Daniel Librelon foram acusados de terem sido favorecidos politicamente após um culto celebrado pelo bispo Jadson Santos numa Igreja Universal.

Alvo da operação desta terça, o ex-senador foi procurado na casa dele, no Rio, mas a defesa informou que está morando em Belém, no Pará onde deve se apresentar à polícia. Ele já é considerado foragido.

Fernando Moraes

José Fernando Moraes Alves, conhecido como Fernando Moraes, é delegado aposentado da Polícia Civil e foi titular da Delegacia Anti-Sequestro. Também é ex-vereador pelo MDB e em 2019, ocupou o cargo de conselheiro da Agetransp, nomeado pelo ex-governador Luiz Fernando Pezão.

Na época, a Justiça pediu a suspensão da nomeação em sentença publicada no dia 14 de maio. Alegou que, apesar do notável saber jurídico, Moraes, “sem qualquer dúvida, não atende ao requisito da experiência profissional na área de transporte”. A Agetransp é responsável por fiscalizar o transporte público a nível estadual.

Nas redes sociais, Moraes compartilha uma vida de luxo. Posa ao lado de carros Ferrari, faz passeios de jet skis e mostra viagens em hotéis com piscinas de borda infinita e vista para o mar. Recentemente, viralizou nas redes sociais num vídeo que dizia que o novo sistema de transações PIX poderia facilitar sequestros. O Banco Central nega.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. #crivelalivre…#eleiçõessemcrivelaégópi….kkkkkkkkkkkkkkkkk….os adoradores de corruptos piram!!!!

  2. Engraçado que o MP não descobriu nada de Eduardo Paes que enfiou a mao no dinheiro das olimpíadas ! É um artista inteligente , um dia esse rato cai na ratoeira .

  3. Será mesmo que ele é o Líder dessa quadrilha? Hum, não acredito. Tem que ser investigado por instituição isenta. A PF e a ABIN, sabemos, está aparelhada. Acho que Crivel é do segundo escalão. Quem é o político do RJ, grande aliado dele, com maior posição hierárquica na república, que desde que assumiu o mandato vem tentando minar o combate à corrupção? E é a favor de isenção de impostos das igrejas, principalmente algumas ordens evangélicas, que lhe dão apoio?

  4. Aliado de Bozo, evangélico, homem da família, casado, de bem.
    É a “nova” forma de fazer política no Brasil.
    Tirando a esquerda do governo, acaba a corrupção.
    Assim nos prometeram…..
    Kkkkk

    1. Era a corrupção dos outros, Luiz..a nossa e dos meus filhos, poooooode…

    2. O governo ainda é todo de esquerda, o que não é de esquerda é a presidência.
      Todas as universidades são de esquerda, o MEC é de esquerda, o STF é canhoto e por aí vai

      Bolsonaro é um herói por ainda estar lutando contra esse organismo gigante que nos rouba há tanto tempo.

  5. Que veinho sem vergonha rapaz, e com um agravante é evangélico, com isso mancha a imagem do crente fiel e temente a Deus.

    1. A rede Globo de televisão aceitando ou não,você ideológicamente de centro,esquerda ou de direita,a Globo funciona hoje como um poder midiatico regulador da vida política e partidária,politica-admistrativa do país,os outros canais de televisão,rádios e sites de notícias praticamente só re-publicam e difundem as mesmas informações do grupo globo,o grupo Globo é odiado tanto pelos políticos de esquerda e quanto pelos políticos de direita e pelo(a)s idiotas subservientes e bajuladores que defendem tais politicos e estes dois espectros ideológicos esquerda×direita e boa parte para não dizer a maioria desses partidários liderados não conseguem ganhar nada,e no máximo que conseguem arranjarem são brigas,intrigas,discórdias,confusões,hoje não defendo mais nenhuma ideologia política-partidaria,partido político,políticos é tudo uma imensurável perda de energia da materia,do espaço e do tempo.

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Saúde

VALE A PENA LER: Estudo aponta o jeito mais seguro de andar de carro na pandemia

Foto: A. L./Unsplash

Se você precisa pegar carona com um carro de aplicativo ou mesmo um amigo, atenção: em tempos de pandemia, o ideal é que todas as janelas do veículo se mantenham abertas durante o trajeto. É o que concluiu um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, publicado na última sexta-feira (4) na revista científica Science Advances.

Os cientistas usaram modelos de computador para simular o fluxo de ar dentro de um carro compacto em diversos cenários: todas as janelas abertas, todas fechadas ou algumas abertas e fechadas. Os resultados indicam que quanto mais abertura para ventilação, menor a concentração de partículas de aerossol trocadas entre motorista e passageiro.

A situação menos indicada é manter todos os vidros fechados e o ar-condicionado ou aquecedor ligado. “Mesmo uma ou duas janelas abertas foi bem melhor do que todas elas fechadas”, conta Asimanshu Das, estudante de pós-graduação na Escola de Engenharia da universidade que coliderou a investigação, em nota.

As simulações consideraram um passageiro sentando atrás do motorista ou no lado oposto no banco traseiro, já que essas são as duas posições com maior distanciamento possível entre as duas pessoas. O fluxo de ar foi avaliado com o veículo andando a uma velocidade de 80 km/h, e a formação de aerossóis também foi medida.

Simulações em computador de diferentes cenários de troca de partículas de aerossol dentro do carro: manchas vermelhas indicam mais partículas. O maior risco é com as janelas fechadas (no topo, à esquerda) e vai diminuindo com cada vez mais vidros abertos. O melhor cenário é o inferior, à direita. (Foto: Breuer lab/Brown University)

Já se sabe que o novo coronavírus é capaz de permanecer ativo no ar, especialmente em ambientes pouco ventilados. Ao abrir (ou fechar) as janelas, a taxa de renovação do ar por hora se altera, e é isso que impacta a disseminação de partículas possivelmente contaminadas.

A disposição das aberturas importa. Os pesquisadores viram que a pressão do ar perto das janelas traseiras tende a ser maior. Como resultado, o ar entra no carro pela parte de trás e sai pela da frente. Ao abrir tudo, cria-se dois fluxos de ar independentes em cada lado do carro. Nas simulações, quando os ocupantes estavam em lados opostos, pouquíssimas partículas foram trocadas entre passageiro e motorista — embora este tenha um risco ligeiramente maior por estar na área por onde o ar sai.

Abrir as janelas do lado oposto ao que motorista e passageiro estão sentados cria um fluxo de ar que reduz a troca de partículas de aerossóis entre as pessoas (Foto: Breuer lab/Brown University)

Outra constatação curiosa é que abrir a janela imediatamente ao lado de cada pessoa não é a melhor ideia — prefira baixar o vídro do seu lado oposto. “Quando as janelas opostas aos ocupantes estão abertas, você tem um fluxo de ar que entra por trás do motorista, passa pela cabine atrás do passageiro e sai pela janela do banco da frente do lado do passageiro”, explica o professor Kenny Breuer, autor sênior do estudo.

Vale lembrar, no entanto, que essas práticas não substituem o uso de máscara por todas as pessoas dentro do veículo e medidas de higiene. Os autores também ponderam que não mediram o comportamento de gotículas maiores possivelmente infectadas com o Sars-CoV-2.

Galileu

 

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Economia

Economia brasileira cresceu 7,5% no terceiro trimestre, aponta monitor do PIB da FGV

Monitor do PIB — Foto: Reprodução/Ibre

A economia brasileira registrou alta de 7,5% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (19). Frente ao mesmo período de 2019, no entanto, o resultado é uma queda de 4,4%.

Segundo a FGV, em setembro o PIB teve uma alta de 1,1% ante o mês anterior. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado recuou 2,3%.

“O forte crescimento de 7,5% da economia brasileira no 3º trimestre, reverte, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no 2º trimestre deste ano, em função da chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil, a partir de março”, diz em nota o coordenador da pesquisa, Claudio Considera.

Ele ressalta, no entanto, que o crescimento não é suficiente para recuperar o nível de atividade econômica, que segue 5% abaixo do observado no 4º trimestre do ano passado.

De acordo com Considera, o setor de serviços ainda tem dificuldades para se recuperar – mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento – por conta da elevada incerteza quanto ao futuro da pandemia.

Principais resultados

O Monitor do PIB apontou que no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2019:

O consumo das famílias caiu 5,1%, com retração de 8,7% no consumo de serviços;

Os investimentos (formação bruta de capital fixo) tiveram queda de 2,2%, com recuo de 8,2% em máquinas e equipamentos;

A exportação teve alta de 1,7%; enquanto a importação encolheu 24,4%.

Perspectivas e projeções para 2020

O indicador da FGV ficou melhor que o apontado pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central (BC), que apontou uma alta de 1,06% no mês.

O mercado financeiro estimou, na segunda-feira (16), uma retração de 4,66% para a economia brasileira neste ano

Na terça (17), o governo brasileiro reduziu para 4,5% a expectativa de queda para o PIB de 2020

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um tombo do PIB de 5,8% em 2020.

G1

Opinião dos leitores

  1. Cresceu 7,5% em relação ao trimestre passado, mas quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado teve queda 4,4%. É óbvio que quando se para a economia e ela retoma, terá crescimento em "V", o que não significa que teremos um PIB positivo neste trimestre. Alerta aos sonhadores, a inflação está de volta e vai levar parte de salário. Para os donos de empresa, não tem coisa melhor do que um trabalhador querendo trabalhar mais achando bom ganhar menos. Todos sonham em ser empresário e acordam com o despertador dizendo que hora de acordar para não chegar atrasado no trabalho.

  2. Que coisa.. parece um "V". Se não me engano um certo economista odiado pelas esquerdas (e foi o que mais infligiu derrotas aos bancos) falou em um recuperação em "V". Deus ajude o Brasil.

  3. Contribui para esse %.
    Casei, comprei uma bicicleta pra o meu MARIDO (pedalamos juntos), viajamos para Tambaba em lua de mel, etc. Ou seja, tenho orgulho em ter participado desses 7,5%

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Economia

ECONOMIA BRASILEIRA VOLTA A CRESCER: ‘Prévia’ do PIB do Banco Central aponta alta de 9,47% no terceiro trimestre e saída da recessão

Foto: © Marcello Casal jr/Agência Brasil

A economia brasileira voltou a crescer no terceiro trimestre deste ano e, com isso, saiu da chamada “recessão técnica”. É o que indicam informações divulgadas nesta sexta-feira (13) pelo Banco Central.

Segundo o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br)– indicador considerado com uma “prévia” do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – a economia registrou um crescimento de 9,47% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Dois trimestres seguidos de queda do nível de atividade (registrados neste ano) representam uma recessão técnica, que foi superada, segundo indicam os números prévios do BC.

O resultado oficial do PIB no terceiro trimestre deste ano, porém, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em 3 de dezembro.

Os resultados do IBC-Br, neste ano refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia em março e abril. De maio em diante, os números mostram o início de uma retomada da economia, puxada, entre outros fatores, pelo auxílio emergencial.

Em análise recente, o BC informou que “programas governamentais de recomposição de renda têm permitido uma retomada relativamente forte do consumo de bens duráveis e do investimento”.

Mês a mês e parcial do ano

De acordo com o IBC-Br, somente em setembro deste ano, a economia brasileira mostrou crescimento de 1,29% na comparação com agosto. O número foi calculado após ajuste sazonal. Esse foi o quinto mês seguido de crescimento do indicador, na comparação com o mês anterior.

Mesmo assim, os números do Banco Central também mostram que o nível de atividade ainda não voltou ao patamar de fevereiro, registrado antes da pandemia do novo coronavírus.

Com o crescimento registrado em setembro, o IBC-Br atingiu 136,34 pontos, abaixo do patamar de fevereiro, ou seja, de antes da pandemia (139,80 pontos).

No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o índice de atividade econômica registra queda de 4,93% – sem ajuste sazonal.

Em 12 meses até setembro de 2020, houve queda de 3,32% – também sem ajuste sazonal.

PIB x IBC-Br

Os resultados do IBC-Br são considerados uma “prévia do PIB”. Porém, nem sempre mostram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto.

O cálculo dos dois é um pouco diferente. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica. O BC indicou, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), manutenção da taxa básica da economia nesse patamar nos próximos meses.

Expectativas

Na semana passada, os economistas das instituições financeiras projetaram uma queda de 4,80% para o resultado do PIB e 2020. Para o BC, a retração será de 5% neste ano.

Em setembro, o governo brasileiro manteve a expectativa de queda de 4,7% para o PIB de 2020. O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que a economia esteja retomando em “V”, com forte alta após queda pronunciada, e estima um tombo menor, ao redor de 4% em 2020.

O Banco Mundial prevê uma queda de 5,4% da economia neste ano e, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 5,8% em 2020.

G1

Opinião dos leitores

  1. Ôôô véi duro da gota serena.
    Desde a sua entrada, duas recuperações.
    Uma na e herança maldita do PT ladrão.
    Outra no pós covid.
    Tamos juntos Presidente.

  2. Vcs se baseiam em que ?Não estou querendo ser pessimista mas vcs enganavam antes hoje todos mundo tem um celular na mão, tem mas informação.

    1. Brasileiro é um povo diferente… a pessoa podendo tá torcendo à favor, torce contra. Cidadão, essas informações não podem ser inverídicas. Ache bom, pois sobra pra todos, inclusive pra vc, independente de partidos. O outro lá em baixo (Greg), diz que tá esperando desde Dilma. Rapaz, uma bagunça daquelas, tinha primeiro que arrumar a casa, e tava e continuará sendo feito, mas houve essa pandemia no meio do caminho. Vamos torcer a favor, pessoal.

  3. A economia subindo é bom para todos, traz credibilidade internacional e aumenta os investimentos estrangeiros e nacionais gerando mais emprego.

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Saúde

Remédio para colesterol reduz mortalidade por Covid-19, aponta estudo

Estatinas, medicamentos usados para controlar o colesterol, podem reduzir risco de morte por Covid-19 (Foto: Anastasiia Ostapovych/Unsplash)

As estatinas, fármacos usados para reduzir o colesterol no sangue, pode ser uma candidata ao tratamento de Covid-19. É o que indica uma pesquisa da Universitadade Rovira e Virgili (URV) e do Instituto Pere Virgili Institut (IISPV), ambos na Espanha, segundo a qual pessoas tratadas com essas substâncias têm um risco até 25% menor de morrer por causa do novo coronavírus. Os resultados da pesquisa foram publicados no último dia 2 de novembro no European Heart Journal – Cardiovascular Pharmacotherapy.

Para o estudo, os especialistas coletaram informações de 2.159 pacientes com Covid-19 de 19 hospitais na Catalunha entre março e maio de 2020. Lluís Masana, que liderou o estudo, avaliou 100 variáveis ​​clínicas por paciente, como idade, sexo, doenças prévias, níveis de colesterol, evolução do vírus, tratamentos utilizados e assim por diante.

Depois, os cientistas compararam as taxas de mortalidade de pacientes tratados com estatinas com os índices de mortalidade entre aqueles que não utilizavam o medicamento. “Na nossa comparação, ajustamos os grupos para que fossem comparáveis ​​em termos de idade, sexo e existência de doenças anteriores”, explicou Masana, em nota.

O percentual de pacientes que morreram no grupo não tratado com estatinas foi de 25,4%, e os óbitos de usuários do remédio foi de 19,8%, o que significa uma redução de 22%. “Os dados indicam que o tratamento com estatinas previne uma em cada cinco mortes”, destacou Masana. Além disso, se o tratamento com esse medicamento continuar durante a hospitalização, a mortalidade cai até 25%, evitando assim uma em cada quatro mortes.

Os envolvidos no estudo concluíram que um dos efeitos indiretos da pandemia é que algumas pessoas pararam de tomar medidas preventivas destinadas a combater doenças crônicas, como o uso de estatinas nos casos de quem tem o colesterol acima dos níveis normais. “Alguns profissionais de saúde até aconselharam a retirada deles por acreditarem que poderiam piorar os efeitos da Covid-19. No caso das estatinas, demonstramos que o medo da pandemia nunca deve servir de pretexto para suspender o tratamento”, disse o cientista.

Galileu

Opinião dos leitores

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Economia

Alimentos puxam alta de preços em setembro, aponta o IBGE

Foto: © Antonio Cruz/ABr

O grupo de despesas com alimentação e bebidas teve uma alta de preços de 2,28% em setembro, e foi o principal responsável pela inflação oficial no mês, de 0,64%. A alta dos alimentos foi maior do que a observada em agosto, de 0,78%.

Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta dos alimentos ocorreu principalmente por causa da refeição dentro do domicílio, que subiu 2,89%. Entre os produtos com maiores aumentos de preço estão o óleo de soja (27,54%) e o arroz (17,98%). O tomate teve alta de 11,72%; o leite longa vida, 6,01%, e as carnes, 4,53%.

“O câmbio num patamar mais elevado estimula as exportações. Quando se exporta mais, reduz os produtos para o mercado doméstico e, com isso, temos uma alta nos preços. Outro fator é a demanda interna elevada, que por conta dos programas de auxílio do governo, como o auxílio emergencial, tem ajudado a manter os preços num patamar elevado. No caso do grão de soja, temos ainda forte demanda da indústria de biodiesel”, explicou o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov.

Outro grupo de despesas com impacto importante na inflação em setembro foi o de transportes (0,70%), cuja alta de preços foi puxada pela gasolina (1,95%), óleo diesel (2,47%), etanol (2,21%) e passagens aéreas (6,39%).

Também tiveram altas de preços os grupos artigos de residência (1%), habitação (0,37%), vestuário (0,37%), comunicação (0,15%) e despesas pessoais (0,09%).

Por outro lado, saúde e cuidados pessoais teve deflação (queda de preços) de 0,64%, principalmente devido ao item plano de saúde, cujos preços recuaram 2,31% devido a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de suspender até o fim do ano os reajustes dos planos. Educação também teve deflação de 0,09%.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Manoel! A Dilmanta mantinha os preços artificialmente. A energia era subsidiada, os combustíveis com preços mantidos pela "caneta", contribuiram para enormes prejuízos na Petrobras e o consumo mantido com renúncia de tributos na linha branca, automóveis, etc…
    Atualmente são preços de mercado que podem ter variações, para cima ou para baixo, com as cotações internacionais.
    PS: a matéria tela não cita inflação de 17% nesse ano. Vc viu esse índice aonde?

  2. Eu como bom PATRIOTA ñ estou preocupado nem com o preço do feijão muito menos com o do arroz. Tenho histórico de atleta e cultivo bons hábitos. Agora se preço do CAPIM estivesse aumentado, ai realmente eu estaria preocupado. Rumen vazio ñ para em pé.

    1. Nem capim tem mais pro gado e jumentos comerem. O Fogo acabou com tudo!

    2. Vc não reclamou da inflação de 11% de Dilma mais quer fazer drama da inflação de 2,5% de Bolsonaro, isso após meses de deflação na pandemia, seja honesto e pare de fake news.

    3. Pois é Luciano Gado
      Era 11% com o povo consumindo. Hoje temos a maior inflação para um mêsem 17% sem ninguém com dinheiro pra nada.
      Sópra te recordar. Com Dilma o dólar era 2,70, a gasolina 2,90, o kg de arroz 2 reais, feijao 3 reais e o capim sobrava.

    4. Mané voltou, junto com entregador de pizza e cabeça cheia de chifre, dava um trio certinho, defendendo a quadrilha dos PTralhas e de LULADRAO. Kkkk

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Diversos

55% dos brasileiros não teriam R$ 200 para uma emergência, aponta PoderData

Para algumas pessoas, R$ 200 pode ser pouco, mas em uma emergência a quantia pode fazer uma enorme diferença. No entanto, seriam poucos os brasileiros que teriam o dinheiro disponível em casos de necessidade. Pesquisa pelo PoderData revela que apenas 40% dos entrevistados teriam a quantia em mãos. A maior parte, 55%, disse que não teria R$ 200 reais em casos de emergências e outros 5% não souberam responder.

Para o Diretor de Planejamento Financeiro de uma rede de associados com gestão fiduciário, Valter Police, os resultados são preocupantes. “Uma boa parte pode ser explicada pela situação atual que a gente vive pela pandemia, mas se prestarmos atenção estes dados não são novos ou a situação que eles mostram não é inédita. Esses dados reforçam que a gente precisa ter uma mudança de cultura no Brasil, a gente precisa entender que não vai existir um salvador da pátria no futuro e salvar a gente.”

Jovem Pan

Opinião dos leitores

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Comportamento

EFEITO PANDEMIA: 40% dos brasileiros vão evitar beijar desconhecidos no carnaval, aponta pesquisa feita em Salvador, Rio, Recife e mais

Foto: Carla Carniel / Estadão

A pandemia do novo coronavírus teve diversos efeitos no Brasil, e um deles foi a possibilidade de adiar uma das maiores festas do País em 2021: o carnaval. Ainda sem uma data concreta para a liberação de uma vacina e com a necessidade de distanciamento social, não se sabe exatamente como ocorrerá o carnaval no próximo ano.

Para entender de que forma a pandemia mudou os hábitos da população pensando em um evento repleto de contato físico e aglomeração, foi realizada uma pesquisa com moradores das cidades de Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Olinda, São Paulo e Belo Horizonte, conhecidas pelas celebrações no feriado do carnaval.

Dos mil entrevistados, todos entre 18 e 45 anos, 60% pretendem mudar o comportamento nas festas do feriado, mesmo se uma vacina já estiver em circulação. Além disso, 67% são a favor do cancelamento do carnaval 2021, e 31% afirmaram que só participarão da folia se uma vacina já estiver disponível.

Pensando no comportamento do público nas celebrações, 68% dos entrevistados disseram que estão mais exigentes com as condições de higiene nos eventos, e 49% darão preferência para festas menores, com 38% pretendendo evitar os tradicionais blocos de carnaval e aglomerações.

Ainda sobre as mudanças de hábito, 40% dos entrevistados afirmaram que pretendem evitar carinhos e beijos de desconhecidos. Já sobre o adiamento do carnaval, já anunciado em São Paulo, no Rio de Janeiro e possível em outros Estados, 50% disseram que não pretendem comemorar, mesmo em uma nova data.

A pesquisa foi encomendada pela agência de marketing Estalo, que trabalha há mais de dez anos com carnaval de rua, e realizada pela empresa Mindminers entre 4 e 10 de agosto.

E-mais Estadão

Opinião dos leitores

  1. Eu vou comer carne mijada em casa, para não correr riscos. Tem muito boçal por aí que, se o cara olhar sem querer para a mulher dele, vem prá cima a tasca bufete no cara. Tô fora.

  2. Não se surpreendam se no Carnaval a realidade for diferente… A maioria vai estar se beijando e se abraçando… Povo de memória curta por conveniência… no Carnaval poucos vão estar pensando ou dando importância ao vírus da pior Pandemia dos últimos tempos.

  3. Para mim está muito difícil isso.
    Mesmo sem carnaval, onde chego, há muitas gatas querendo me beijar.
    Especialmente nos barzinhos top da cidade.
    Devido à pandemia tenho evitado.
    Ou exijo que faça um PC R antes…

    1. É verdade. Eu já uma fila de gatas esperando para te beijar.

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Saúde

Covid-19: Nove em cada dez pacientes apresentam sintomas depois de se recuperar, aponta estudo; fadiga, efeitos psicológicos e mais

Foto: Ajeng Dinar Ulfiana / Reuters

Nove em cada dez pacientes que contraíram o novo coronavírus relatam ter experimentado sintomas depois de se recuperar da doença. Fadiga, perda de olfato ou paladar e efeitos psicológicos são alguns deles. As informações são de um estudo preliminar realizado na Coreia do Sul e divulgado nesta terça-feira (29).

Em uma pesquisa on-line com 965 pacientes recuperados da infecção viral, 879 deles, o equivalente a 91,1%, responderam que estavam sofrendo pelo menos um efeito da doença, afirmou Kwon Jun-wook, autoridade da Agência de Prevenção e Controle de Doenças da Coreia (KDCA).

A fadiga foi o sintoma mais comum, registrado em 26,2% dos participantes da pesquisa, seguido pela dificuldade de concentração, que se manifestou em 24,6% das pessoas. Outras reações incluíram sintomas psicológicos ou mentais e de perda do paladar ou olfato.

O pesquisador Kim Shin-woo, professor de Medicina Interna da Escola de Medicina da Universidade Nacional Kyungpook, em Daegu, buscou relatos de 5.762 pacientes recuperados na Coreia do Sul. Ao todo, 16,7% deles participaram da pesquisa on-line. O pesquisador afirmou que publicará em breve o estudo com uma análise mais detalhada sobre o tema.

Durante entrevista coletiva, Kwon Jun-wook informou que a Coreia do Sul também está conduzindo para o próximo ano um estudo com cerca de 16 organizações médicas sobre complicações potenciais da doença por meio de uma análise detalhada envolvendo tomografias em pacientes recuperados.

Na segunda-feira (28), o país registrou 38 novas infecções, elevando a contagem nacional para 23.699 casos, e 407 mortes.

Na mesma data, o número de mortes globais pela Covid-19 chegou a 1 milhão, nove meses após a irrupção da doença na China. No total, o novo coronavírus infectou mais de 33,2 milhões de pessoas no mundo, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins (EUA).

Os Estados Unidos são o país mais afetado em número de mortes e casos, com aproximadamente 205 mil óbitos. Em seguida está o Brasil, com cerca de 142 mil mortes, e depois Índia (95,5 mil), México (76,4 mil) e Reino Unido (42 mil).

O Globo

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